Humanização Radical da educação

20 Maio

Em debate realizado na Câmara na última segunda-feira (17),  educador Cesar Callegari põe em questão as condições de trabalho do educador no Brasil 

“A gente critica muito, mas temos que ver o que tá acontecendo na política para poder falar alguma coisa”, coloca o mecânico Sidney Abraão, membro Partido Socialista Brasileiro (PSB). Militante do partido desde outubro de 2009, ele é um dos 250 militantes presentes no debate “Políticas públicas para educação”, realizado na última segunda-feira (18) na Câmara Municipal de São Paulo, que trouxe como palestrante o educador Cesar Callegari, e que foi mediado pelo vereador Eliseu Gabriel (PSC). 

O debate teve como objetivo discutir a políticas para educação pública nos últimos anos, bem como estimular propostas para o Plano Municipal de Educação, projeto de lei  ainda em discussão que estabelece metas e responsabilidades para a educação pública no município de São Paulo  para até 2018. 

Professor Cesar Callegari (à esq.) e o vereador Eliseu Gabriel (PSB, à dir.), no debate sobre polítcas públicas educacionais

Iniciado com atraso de quase duas horas, o debate trouxe como convidado César Callegari, que, logo ao começar, afirmou que “o que compromete nossa cidade é a nossa qualidade em matéria de educação”. E para reforçar seu argumento, o sociólogo, professor e Presidente da Câmara de Educação Básica (ligado ao  Conselho Nacional de Educação), citou dados relativos a investimentos por aluno no mundo ao ano (Finlândia, 8 mil US$; Alemanha, 4 mil US$), comparando-os com o do Brasil (1, 02 US$). E, indo mais fundo, ele compara também o piso salarial de outras profissões (engenheiro, R$ 4.700; juiz, R$ 2.000) com o do professor (R$ 1.100). 

 “É de propóóósito”, diz ele sobre o descaso com a educação, argumentando que “a exclusão educacional é a arma da elite dominante para a manutenção da estrutura social”. 

Sobre a docência no ensino público, ele afirma que “as condições pelas quais se exercem o magistério no ensino público  são muito precárias”.  Algo com o que as educadoras (que não puderam se identificar devido a restrições do governo), B. S., 30, e A. C. R, 30, que atuam  há 10 anos na educação infantil não só concordam (“as condições de trabalho precisam melhorar”, diz B.S.), como também acrescenta que os investimentos em educação de base ainda estão “aquém do necessário”.  Em outras palavras, é o que a educadora e ex-deputada Mariângela de Araújo Gama Duarte, ao dar seu depoimento sobre o tema, falará de uma “educação que deixou de ser sistêmica”. 

Alem disso, o educador, citando o exemplo das escolas-padrão, coloca como indispensável que a escola tenha autonomia para a tomada de decisões. 

Plateia, grande parte dela militante do PSC, comparece no debate de segunda-feira

Callegari ainda prognosticou “daqui seis ou sete anos São Paulo tem condições para ser paradigma em educação, só depende de vontade política”.   

Calligardi terminou criticando a falta de estímulo que a escola pública oferece para que os alunos desenvolvam-se nos estudos. “A nossa educação tem que dar mais visibilidade aos alunos que ali estão”. “A escola pública precisa de uma humanização radical”, completa.

Mídia, escrava do capital

16 Maio

Palestra “Mídia e eleições de 2010” realizada  na Câmara Municipal de SP ontem (15), teve, entretanto, como enfoque principal as relações entre os meios de comunicação e a sociedade capitalista

Marcio dos Anjos

A prática jornalística, junto com os meios de comunicação, serve a que fins? Com quais finalidades (implícitas e explícitas) se trabalha uma Rede Globo, um Estadão ou outro qualquer meio tradicional brasileiro? Ademais, quais possibilidades a internet nos abre? Estas questões, que não se respondem com facilidade, foram, por isso mesmo,  postas ‘à consciência’ e discutidas na palestra (cujo nome não corresponde à discussão que de fato houve) “Mídia e eleições de 2010”, realizado ontem (15), na Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), sob organização do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé (http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/a-midia-alternativa-e-o-barao-de-itarare/view e http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/midia-7/jornalistas-e-liderancas-sociais-lancam-o-centro-barao-de-itarare-4527.html).

Na primeira parte do evento (iniciado na sexta-feira, no Sindicato dos Engenheiros), das 09:00 às 13:00, palestraram o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos Dantas, e o jornalista do Movimento Sem Terra (MST) Igor Felipe.

Dantas iniciou o debate afirmando que “os meios de comunicação funcionam como uma fábrica, só que de modo diferente, porque produz, em vez de bens materiais, ideologias com finalidades obviamente lucrativas e manutenção da sociedade capitalista”. E nesse sentido, como que num processo de escravização de si mesmo, ele acrescenta que “para a mídia não interessa mudar esta situação”.

Mas e a internet? Dantas não vacila em dizer que a internet está modificando certas práticas e abre novas possibilidades, mas se hoje nós temos um estímulo de aceso a internet, quem está estimulando isso é, sobretudo, o capital. E questiona, alertando para atuação do capital volátil, ao qual a internet não está livre. “Que sociedade é essa que sai da televisão e vai para o Yahoo?”. Dantas alerta que “se não tivermos visão crítica, vai acontecer o mesmo que aconteceu com o rádio e a televisão lá atrás”.

E por fim ele indica, que “a saída é criar canais alternativos (internet, rádio, jornal, TV), porque a democratização da sociedade não se dará pela grande mídia”.

É o que Igor Felipe faz. Em sua argumentação, ele ressaltou que “quando falamos de democratização da sociedade, estamos falando também da democratização das mídias”. Felipe está de acordo com Dantas e afirma que “a grande imprensa está ligada aos interesses do capital”. Ele diz ainda que grandes grupos de comunicação (Estadão, Abril), estão ligados à Associação Brasileira de Agronegócio (ABAG) (http://abag.technoplanet.com.br/site/item.asp?c=219) E, se o capital se reproduz na comunicação, para ele o mesmo ocorrerá entre a grande mídia e a internet. “Dos cem maiores sites brasileiros, a maioria deles reproduzem a lógica da grande mídia” http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/17292/1/R0562-2.pdf )

O que não significa, para ele, fugir da internet, até porque “é para onde nós podemos correr, apesar de ainda existir nela uma fragmentação muito forte dos movimentos contra-hegemônicos”.

Das 14h30min às 17h00min, segunda parte da reunião, estiveram presentes o secretário executivo da Secretaria de Comunicação do Governo Federal (Secom-GF), Antônio Fernandes, a ex-sercretária da Cultura do nunicípio do Rio de Janeiro, Jandira Feghali, bem como o presidente da Associação Brasileira de Rádiodifusão Comunitária (Abraço), José Soter.

Antônio Fernandes iniciou dizendo que deixar de se relacionar só da grande mídia (publicidade, entrevistas) foi a principal preocupação da secretaria. “Nós procuramos atender com mais força a mídia independente”. E complementa. “Nós não podemos desconhecer esse público que está entrando na cidadania”.

Além disso Fernandes, ao falar da TV Brasil (http://www.tvbrasil.org.br/ ) – que, “é pública e não estatal” –  lamenta. “O pessoal compara a BBC com a TV Brasil, mas isso é complicado, porque a BBC tem mais de 70 anos”. Segundo Fernandes, “o modelo de concessão para televisão que nós temos hoje está absolutamente ultrapassado”. Por fim, ele afirma: “eu acho errado a delimitação da Internet”. (http://culturadigital.br/marcocivil/).

Jandira Feghali, que – em ‘slides’ evidenciava as algumas seis famílias que detém a televisão aberta no Brasil (http://donosdamidia.com.br/grupos) – concorda. Para ela, a discussão sobre a televisão deve ser uma discussão, principalmente, de conteúdo. Por isso, ela ressalta a necessidade de regulamentação da programação. “A Europa e os EUA regulamenta, agora, quando se fala sobre isso aqui a mídia distorce dizendo que é censura da liberdade de expressão”, afirma. “O mercado é excludente”, argumenta ainda.  “A gente precisa, então, ter coragem política e garantir, por meio da regulamentação da TV que garanta a regionalização, a diversidade cultural e a produção independente”, completa.

O presidente da Abraço (http://www.abraconacional.hpg.ig.com.br/ ), José Soter, completando a discussão, relatou que as rádios comunitárias no Brasil estão com dificuldades para se manterem em atividade. “Tem rádio sendo perseguida, sendo fechada”, coloca. Ele ainda rebateu as afirmações de Fernandes e contrapôs dizendo que “os bilhões que tem vai para a grande mídia, e nós não recebemos quase nada”. Por fim, Soter colocou que “o meio comercial tem produtos; a mídia comunitária tem a difusão da cidadania e da consciência crítica”. “A rádio comunitária é a voz e também os ouvidos, porque os produtores são os segmentos da comunidade”

Para o evento, estariam presentes as deputadas federais Luiza Erondina (PSB-SP), e Manuela Dávila (PC do B-RS), mas elas não conseguiram chegar a tempo.

Em defesa aos moradores de rua

18 Abr

Por Larissa Abdalla

Em primeiro lugar, cabe ao leitor entender o que é uma Frente Parlamentar:

Grupo de membros dos poderes legislativos, federais, estaduais e municipais que atua com interesses em comum. A formação de Frentes Parlamentares independe do partido a que o político esteja filiado.
É um fenômeno típico da política brasileira, não que seja exclusivo em nosso país, mas aqui é bem comum esse tipo de organização e a quantidade é bem grande, existe frente até em defesa da cadeia produtiva de uvas e vinhos. Tamanha formação de Frentes no Brasil reflete o descompromisso dos políticos com seus próprios partidos em nosso país, muitas vezes filiados apenas por conveniência de ordem pessoal ou eleitoral e não estarem ligados ao seu programa, os políticos tem a necessidade de criar Frentes para defenderem seus interesses.
A mídia, na maioria das vezes, se refere a essas frentes como “bancada”, por exemplo, a Frente Parlamentar de Apoio á Agropecuária é chamada pela imprensa como “bancada ruralista”.

Agora sim, podemos continuar com a notícia da Frente Parlamentar mais quente da Câmara Municipal de São Paulo.

Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas em Situação de Rua

Formada na Quinta-feira, 15/04, a nova frente tem a função de avaliar o atendimento aos moradores de rua e faz uma crítica à atuação do executivo, que tem sido negligente e há muito tempo não cria novas políticas públicas para o setor.

Chico Macena, presidente e Netinho de Paula, relator, que parece estar curtindo bastante a reunião

O criador do projeto é o vereador Chico Macena (PT), Presidente da Frente, tendo como vice Sandra Tadeu (DEM) e como relator da comissão, o vereador Netinho de Paula (PC do B), que será o responsável por elaborar um documento de avaliação da política municipal de atendimento à população de rua, bem como indicar diretrizes e políticas públicas voltadas à melhoria das condições de vida do público em questão.
Assim, a bancada fiscalizará as ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e a atuação de agentes dos órgãos públicos. Dentre os assuntos em pauta, estão: a situação dos albergues; o fechamento dos abrigos do centro e a transferência de vagas para a periferia da cidade; e também o acompanhamento das denúncias feitas pelos movimentos sociais.
Os vereadores irão promover seminários, audiências públicas, palestras e outras atividades para orientar políticas públicas a concretizarem essas ações.
A reunião de instalação contou com a participação dos movimentos nacional e estadual de moradores de rua, além de integrantes da Agenda 21 do Centro e do promotor público dos direitos humanos, Eduardo Valério.

Reunião contou com a presença de associações

Os vereadores se comprometeram a escutar na próxima reunião representantes das entidades da população em situação de rua, para mapear suas reivindicações e demandas, antes de ouvir representantes do Executivo, como a secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS), Alda Marco Antônio.

Vamos ver até que ponto palestras e seminários serão eficientes em dirigir ações públicas. Esperamos que o projeto não fique apenas na discussão.Cabe a nós, acompanharmos a atuação dessa frente. Volto com mais notícias na próxima semana.

A CPI, as enchentes, as dificuldades

12 Abr

Há não muito pouco tempo, no dia 24 de fevereiro, a Câmara Municipal de São Paulo, sob iniciativa da bancada do PT instalou a “CPI da Enchentes”. A Comissão, como permanente que é, terá 120 dias para sair “à busca dos culpados”, como disse o vereador Adilson Amadeu (PTB) em entrevista concedida à rádio CBN (http://cbn.globoradio.globo.com/sao-paulo/2010/03/17/SEM-PRIMEIRA-SESSAO-DA-CPI-DAS-ENCHENTES-VEREADORES-RECLAMAM-DE-FISCALIZACAO-DO-SISTEM.htm) pelas enchentes que ocorreram entre dezembro e março deste ano em vários pontos da cidade, ou, em outros termos, a CPI objetiva investigar contratos e convênios de execução de serviços de limpeza” de bueiros, bocas-de-lobo, como atesta pequena nota do “Estado Online” (http://www.estadao.com.br/noticias/geral,vereadores-de-sao-paulo-aprovam-cpi-das-enchentes,516302,0.htm).

Tais enchentes causaram males ao quadrado: perderam-se carros; desmoronaram-se casas que se localizam, por razões de política habitacional, em regiões inapropriadas; etc. etc. etc. De sorte que, apesar de o problema não se esgotar tão-só em sujeiras acumuladas (e por que não fazer uma comissão para investigar também porque as pessoas que moram em locais inapropriados? http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/10427) a Comissão tem sua “razão de ser”, e de sobra.

Mas, há uma disputa interna entre os próprios membros da CPI. Enquanto o presidente Adilson Amadeu duvida (“A fiscalização é precária”, diz ele) e questiona quanto aos serviços (“Quem já viu limpar um bueiro ou boca-de-lobo na sua rua?”, questiona na entrevista à emissora de rádio). Ao contrário, o integrante José Police Neto (PSDB), parece satisfeito com as empresas de limpeza, pois ele contrapõe dizendo “já, já vi limpar sim”. O que de certo modo pode dificultar o andar da carruagem. Dado que, além da oposição feita entre ambos, Police Neto faz parte da base aliada da Prefeitura de Kassab, que ficou com em “crise” de imagem depois das enxurradas ocorridas.

Além disso, logo na primeira reunião, relata o blog da Comissão (WWW.cpienchentes.wordpress.com) apenas dois (o presidente da Comissão e o integrante Toninho Paiva) dos nove participantes da Comissão compareceram. Como não houve quórum, a reunião foi adiada.

A próxima reunião (4ª), livre para todo o público, ocorrerá no próximo dia 14 deste mês, das 10h às 15h, e ouvirá os subprefeito de São Miguel, Miguel Persoli, e o representante da subprefeitura de Ipiranga, o representante da EMURB (Empresa Municipal de Urbanização), além dos moradores que sofreram com as enchentes.

Muito obrigado.

M.A.

Líder de DEM tenta tirar a parada de orgulho Gay da Paulista

30 Mar

Principal vereador da bancada evangélica tenta banir a Parada Gay da Av. Paulista

Leonardo M.Saldiva

É um fato sabido de todos os paulistanos que o maior evento turístico da metrópole é a Parada Gay. São cerca de 180 milhões de reais de retorno ao comercio e à rede hoteleira de São Paulo.

O apoio do prefeito ao evento é oficial,  entretanto, o vereador Carlos Apolinário, do mesmo partido de Kassab (DEM), apresentou na câmara um projeto de lei para banir a parada gay da mais famosa avenidade da cidade. O projeto pede que haja apenas três eventos na Av.Paulista: a São Silvestre, o Reveillon e o aniversário da cidade.

Os argumentos usados pelo líder da bancada evangélica da câmara são, primeiramente o impacto nos hospitais na região e, principalmente: “Se a Marcha Para Jesus e a festa do Dia 1.º de Maio já ocorrem no Campo de Marte (zona norte), a parada também pode ocorrer no mesmo local, sem prejuízo à rede hoteleira da cidade”, defende o Apolinário.

Há também aqueles que condenam as atitudes de Apolinário; “O problema não é a Paulista. O problema central é a intolerância de um vereador que demonstra preconceito com quem não é de sua religião”, opina o diretor da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato.

O projeto já está nos trâmites da câmara e espera ser votado em breve; enquanto isso a parada gay está marcada para o dia 6 de Junho e, é esperado, que movimente cerca de 190 milhões neste ano.

A questão divide o partido e será decidida, na votação, pelo centrão. O prefeito já se movimenta para convencer co-partidários a votar contra novo projeto

Alguns links interessantes caso queira saber mais:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100324/not_imp528373,0.php

http://blog.aguiabrasil.com.br/?p=44

http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2158/carlos-apolinario-kassab-vereador-dem-leis-polemicas

http://www.ntgospel.com/v3/noticias/no-brasil-e-no-mundo/3257.html

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/25/vereador-tenta-barrar-parada-gay-na-paulista/

http://feiradefruta.wordpress.com/2010/03/24/vereador-carlos-apolinario-tenta-barrar-parada-gay-na-paulista/

Metrô é trocado por monotrilho e desagrada usuários do transporte

24 Mar

Moradores da região de Vila Prudente e Cidade Tiradentes, região afetada pela medida estatal, organizam encontro na Câmara de SP

Marcio dos Anjos
Fotos: Douglas Alves Mendes

Os R$ 21 bilhões investidos no programa, do governo e da prefeitura paulistano, “Expansão de SP”, que pretende expandir a malha metroviária para as regiões metropolitanas (http://www.expansao.sp.gov.br/oprojeto.php), e reformar antigas estações (http://www.youtube.com/watch?v=RsS5KVAuSPw), parece não causar bons efeitos na população (http://www.chicomacena.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=456&Itemid=67). Além de acusarem Serra por “propagandismo” (http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=28378), o programa estatal não está agradando também os moradores dos distritos de Vila Prudente e Cidade Tiradentes. O que motivou, nesta segunda (22), a palestra “Metro x Monotrilho”, ocorrida na Câmara Municipal de São Paulo, organizada pelo PT e PC do B da mesma Casa.
Os mais de 300 moradores, que lotaram o auditório da Câmara, protestaram contra a medida de Serra e Kassab, a qual pretende implantar, ao invés de metrôs padrões, monotrilhos – espécie de trem com pneus que trafega em vias elevadas -, no trecho da Linha2 Verde (trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes).

Pouca integração
“Por mais que sejam importantes os investimentos, é necessário pensar em políticas de planejamento que facilitem a integração e priorização do transporte público”, afima um dos palestrantes, Carlos Bicarlho,superintendente da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos).
Bicarlho ainda afirma que os órgãos do governo – CET, Secretaria de Transpportes, etc. – têm priorizado o transporte público e, em contrapartida, falhado na política de transportes. “Nós precisamos saber se, numa rua que é pública, nós daremos prioridade ao transporte público, que leva muitas pessoas, ou ao transporte privado, que leva poucas”, completa.
Ao que o vereador João Antônio (PT) concorda: “A atual gestão [se referindo a do DEM, na prefeitura, e do PSDB, no governo] não tem dado relevância para uma política de planejamento que integre os transportes”, coloca. “A cidade tem uma dependência estrutural para com a melhoria do sistema de transporte coletivo”, termina.

Olá,

18 Mar

Se se pensa que o papel do jornalista é, mais do que apenas transmitir, “traduzir” certo politiquês ou economês para os que o desconheçam; se se pensa que é levar ao público informações que não parecem relevantes, mas que no fundo o são;se se pensa que é “tornar vísivel” certas ações, pessoas e situações, que por qualquer força, estão invisíveis; então, este blog tem sua razão-de-ser protegida sob critérios e razões justificáveis.

Politicagem SP é uma criação dos estudantes – Larissa Abdalla, Leonardo Saldiva e Marcio dos Anjos – de jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que procura, assumindo os pressupostos acima, trazer notícias sobre o que está acontecendo na Câmara dos Vereadores e a Assembléia Lelislativa da cidade de São Paulo.

Aqui você encontrará a cobertura completa de todos os “trâmites” do corpo legislativo de nossa capital. O que se passa de mais atual na economia, no esporte, nas políticas culturais e educacionais…  será objeto de nossa reportagem e de nossa avaliação.

Em suma, esperamos que você não só uma boa leitura, mas também uma boa participação (críticas, comentários, sugestões de pauta, etc.).

Muito Obrigado.

Politicagem SP