Em defesa aos moradores de rua

18 Abr

Por Larissa Abdalla

Em primeiro lugar, cabe ao leitor entender o que é uma Frente Parlamentar:

Grupo de membros dos poderes legislativos, federais, estaduais e municipais que atua com interesses em comum. A formação de Frentes Parlamentares independe do partido a que o político esteja filiado.
É um fenômeno típico da política brasileira, não que seja exclusivo em nosso país, mas aqui é bem comum esse tipo de organização e a quantidade é bem grande, existe frente até em defesa da cadeia produtiva de uvas e vinhos. Tamanha formação de Frentes no Brasil reflete o descompromisso dos políticos com seus próprios partidos em nosso país, muitas vezes filiados apenas por conveniência de ordem pessoal ou eleitoral e não estarem ligados ao seu programa, os políticos tem a necessidade de criar Frentes para defenderem seus interesses.
A mídia, na maioria das vezes, se refere a essas frentes como “bancada”, por exemplo, a Frente Parlamentar de Apoio á Agropecuária é chamada pela imprensa como “bancada ruralista”.

Agora sim, podemos continuar com a notícia da Frente Parlamentar mais quente da Câmara Municipal de São Paulo.

Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas em Situação de Rua

Formada na Quinta-feira, 15/04, a nova frente tem a função de avaliar o atendimento aos moradores de rua e faz uma crítica à atuação do executivo, que tem sido negligente e há muito tempo não cria novas políticas públicas para o setor.

Chico Macena, presidente e Netinho de Paula, relator, que parece estar curtindo bastante a reunião

O criador do projeto é o vereador Chico Macena (PT), Presidente da Frente, tendo como vice Sandra Tadeu (DEM) e como relator da comissão, o vereador Netinho de Paula (PC do B), que será o responsável por elaborar um documento de avaliação da política municipal de atendimento à população de rua, bem como indicar diretrizes e políticas públicas voltadas à melhoria das condições de vida do público em questão.
Assim, a bancada fiscalizará as ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e a atuação de agentes dos órgãos públicos. Dentre os assuntos em pauta, estão: a situação dos albergues; o fechamento dos abrigos do centro e a transferência de vagas para a periferia da cidade; e também o acompanhamento das denúncias feitas pelos movimentos sociais.
Os vereadores irão promover seminários, audiências públicas, palestras e outras atividades para orientar políticas públicas a concretizarem essas ações.
A reunião de instalação contou com a participação dos movimentos nacional e estadual de moradores de rua, além de integrantes da Agenda 21 do Centro e do promotor público dos direitos humanos, Eduardo Valério.

Reunião contou com a presença de associações

Os vereadores se comprometeram a escutar na próxima reunião representantes das entidades da população em situação de rua, para mapear suas reivindicações e demandas, antes de ouvir representantes do Executivo, como a secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS), Alda Marco Antônio.

Vamos ver até que ponto palestras e seminários serão eficientes em dirigir ações públicas. Esperamos que o projeto não fique apenas na discussão.Cabe a nós, acompanharmos a atuação dessa frente. Volto com mais notícias na próxima semana.

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